A idéia de refilmar uma película nem sempre é algo sensato. Por isso eu acredito que se não tem nada superior a acrescentar a estória, refilmar é obviamente desnecessário.
A questão é que Hollywood só considera um filme como qualificado, quando ele é produzido em território americano, ou pelo menos, por concepção dos mesmos.
O sucesso de público que obtiveram os filmes de temática "terror psicológico", foi o impulso para as excessivas cópias americanas inspiradas em filmes de origem nipónica. Ou seja, cópias americanizadas não são novidade.
O que é mais irritante nisso tudo é que, quase todas as refilmagens americanas de filmes bem sucedidos de outros países, são fracas e deturpadas, levando ao ridículo o tema.
Quando eu assisti "Quarentena" foi inevitável não utilizar outro prelúdio para meu comentário. Não há como não ressaltar sua insignificância em relação ao roteiro matriz.
Propositalmente, talvez buscando trazer certa peculiaridade a esse remake, o diretor John Erick Dowdle, incluiu alguns fatos, alterou outros, realmente modificando um pouco a cópia do filme original, o terror espanhol "REC", sob a direção de Jaume Balagueró e Paco Plaza.
As mudanças que poderiam ser um ponto positivo para o filme, sairam "pela culatra". Com uma edição mais apurada, "Quarentena" apresentou pontos que em "REC" não vemos, porém, com isso os furos ficaram mais evidentes na trama. E a base para o enredo ficou mal ajustada. Além disso, conseguiu tornar o filme menos realista. O clima naturalmente claustrofóbico que o original apresenta, não ganha força nessa precipitada versão ianque.
O foco de "REC" é basicamente o desespero dos moradores de um prédio em não conseguirem lidar com a situação de emergência que está os atingindo com a propagação de um vírus entre eles que os tornam "zumbis"; em "Quarentena" a narrativa dá lugar exatamente ao título: o isolamento das pessoas no prédio devido ao incidente viral.
"Quarentena" não consegue ser verossímil, como "REC". Nem a tensão do acontecimento, nem o medo dos moradores do prédio convencem no filme.
O maior feito do filme, foi escalar a atriz Jennifer Carpenter, para interpretar a protagonista Angela Vidal. Apesar de não ser ainda um nome expressivo em Hollywood, Jennifer consegue incorporar bem seus personagens. Ainda que force um pouco, ela consegue transmitir, até mais que Manoela Velasco (a protagonista de "REC") que, também é boa, o pavor do momento.
Jennifer Carpenter, através de sua feição, seu histerismo, a respiração ofegante e pesada, consegue compor uma Angela mais perturbada. Ela é a única peça que incrementa esse terror.
Seu bom desempenho para o gênero pode ser conferido também em "O Exorcismo de Emily Rose" e no seriado "Dexter".
Em "REC", a estória que poderia passar desapercebida, conquistou platéias pela forma com que foi apresentada. É claro que a origem do vírus é mostrada de forma parca e não concreta, mas isso não prejudica o contexto.
O decorrer da trama envolve quem assiste por seu universo escuro e sem solução. Entretanto, as modificações que foram feitas por "Quarentena", infelizmente não melhoraram em nada, o que acabou tornando essa adaptação inferior e dispensável.
Conclusão: Sem dúvida, "REC" é o único que vale a pena ser visto.
O sucesso de público que obtiveram os filmes de temática "terror psicológico", foi o impulso para as excessivas cópias americanas inspiradas em filmes de origem nipónica. Ou seja, cópias americanizadas não são novidade.
O que é mais irritante nisso tudo é que, quase todas as refilmagens americanas de filmes bem sucedidos de outros países, são fracas e deturpadas, levando ao ridículo o tema.
Quando eu assisti "Quarentena" foi inevitável não utilizar outro prelúdio para meu comentário. Não há como não ressaltar sua insignificância em relação ao roteiro matriz.
Propositalmente, talvez buscando trazer certa peculiaridade a esse remake, o diretor John Erick Dowdle, incluiu alguns fatos, alterou outros, realmente modificando um pouco a cópia do filme original, o terror espanhol "REC", sob a direção de Jaume Balagueró e Paco Plaza.
As mudanças que poderiam ser um ponto positivo para o filme, sairam "pela culatra". Com uma edição mais apurada, "Quarentena" apresentou pontos que em "REC" não vemos, porém, com isso os furos ficaram mais evidentes na trama. E a base para o enredo ficou mal ajustada. Além disso, conseguiu tornar o filme menos realista. O clima naturalmente claustrofóbico que o original apresenta, não ganha força nessa precipitada versão ianque.
O foco de "REC" é basicamente o desespero dos moradores de um prédio em não conseguirem lidar com a situação de emergência que está os atingindo com a propagação de um vírus entre eles que os tornam "zumbis"; em "Quarentena" a narrativa dá lugar exatamente ao título: o isolamento das pessoas no prédio devido ao incidente viral.
"Quarentena" não consegue ser verossímil, como "REC". Nem a tensão do acontecimento, nem o medo dos moradores do prédio convencem no filme.
O maior feito do filme, foi escalar a atriz Jennifer Carpenter, para interpretar a protagonista Angela Vidal. Apesar de não ser ainda um nome expressivo em Hollywood, Jennifer consegue incorporar bem seus personagens. Ainda que force um pouco, ela consegue transmitir, até mais que Manoela Velasco (a protagonista de "REC") que, também é boa, o pavor do momento.
Jennifer Carpenter, através de sua feição, seu histerismo, a respiração ofegante e pesada, consegue compor uma Angela mais perturbada. Ela é a única peça que incrementa esse terror.
Seu bom desempenho para o gênero pode ser conferido também em "O Exorcismo de Emily Rose" e no seriado "Dexter".
Em "REC", a estória que poderia passar desapercebida, conquistou platéias pela forma com que foi apresentada. É claro que a origem do vírus é mostrada de forma parca e não concreta, mas isso não prejudica o contexto.
O decorrer da trama envolve quem assiste por seu universo escuro e sem solução. Entretanto, as modificações que foram feitas por "Quarentena", infelizmente não melhoraram em nada, o que acabou tornando essa adaptação inferior e dispensável.
Conclusão: Sem dúvida, "REC" é o único que vale a pena ser visto.
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