
O ídolo teen do momento, Zac Efron, é quem protagoniza o vídeo. Ele que, dependendo do ponto de vista, pode ser considerado carismático e bom dançarino, tem uma incontestável falta de talento no que diz respeito à representação. Visto que seu sucesso se dá por um único motivo: sua beleza.
Aí eu me pergunto: pra quê bom desempenho se a indústria do cinema se contenta apenas com rostinhos bonitos? Pois é... Infelizmente é verdade.
Aí eu me pergunto: pra quê bom desempenho se a indústria do cinema se contenta apenas com rostinhos bonitos? Pois é... Infelizmente é verdade.
Voltando-se agora ao enredo do filme, o mesmo é nada mais que uma película batida sobre um adulto voltar a ser jovem.
E não é de hoje que temas como regressão e troca de corpos se desgastou nas comédias. Ainda assim, isso não é impecílio para que “obras” como esta sejam feitas aos montes pelos ianques.
Em “17 Outra vez” não é diferente. Mais uma vez, nos é mostrado alguém que está sendo afligido por algum tipo de problema, e que por intermédio de forças sobrenaturais, sofre a famigerada troca de corpos – ou, como no caso aqui, o retrocesso etário –, para que assim se possa ser identificado à raiz de sua insatisfação, tendo então, a oportunidade de se corrigir.
Ah, o que acontece, é claro, somente no desfecho, já que durante todo o filme, devido às circunstâncias, o personagem passará por diversas trapalhadas ao tentar se adaptar a nova realidade e a desvendar o porquê do acontecido.

De acordo com esta linha de raciocínio, eu só posso afirmar que os mesmos artifícios usados em películas similares como em “De repente 30” e “Sexta-feira muito louca”, simplesmente não funcionam aqui.
O roteiro em si é uma apresentação de recorrentes fatos aborrecidos. Entre eles está à razão da tal troca de corpos que não é satisfatoriamente definida.
A postura de Zac como um adulto preso a um corpo adolescente, também não convence. Aliás, o comportamento de todo – eu disse todo (!) – o elenco é forçado e esquemático. Sem falar na forma improvável com que o mocinho se relaciona, e se aproxima de sua família... E não para por aí o festival de furos e clichês.
Os personagens são redundantes em tantos estereótipos. Os diálogos rasos e sem nexo. E a falta de química está "presente" em todas as cenas.
Por consequência disto, desde que eu assisti ao filme, não consigo parar de enumerar os furos que o mesmo apresenta.

Ambos são esforçados, porém fúteis, e não conseguem manter segurança por meio da atuação, apelando assim para seus atributos físicos e para projeções que enfoquem isso.
Só espero que ele, como resultado da fama, não opte pelo típico estilo de vida dos jovens astros de Hollywood que se cansam do rótulo da “ingenuidade”, aventurando-se em papéis duvidosos, com o acompanhamento da dependência química, tipo um (a) “maucalay/Lindsay Culkin/Lohan” da vida.
O personagem central da estória, Mike, só serve de arrimo para a alta exposição de Zac Efron.
Sendo assim, o filme existe apenas para desfrutar da bem-sucedida imagem que Zac tem tido na mídia. Idéia esta que fica mais evidente graças aos passos de dança que ele protagoniza junto à brega equipe de torcida de colégio, logo no início do filme. Uma óbvia reminiscência ao folhetim “high School Musical”, sucesso que lançou Zac no mercado.
Portanto, o roteiro é nada mais que um subtexto, ou melhor, um pretexto para manter o galãzinho num vídeo com mais de uma hora de duração, visando o lucro que será angariado pelo público teen – corrigindo, pelo público feminino com menos de 12 anos.
No entanto, o único momento positivo que consegui extrair deste filme foi rever o querido Matthew Perry – o saudoso Chandler do icônico seriado “Friends” – , mesmo sendo ele mal aproveitado no papel de Mike quando adulto. Uma perda de oportunidade considerável que a equipe teve de se arrancar algumas risadas através dele.
Quanto ao ator Thomas Lennon, como melhor amigo de Mike, está bizarro! Com seu personagem totalmente inverossímil, moldado sob uma combinação de cafonice e exagero, só irrita. As cenas dele com a diretora do colégio são patéticas e constrangedoras! Com direito a mais referências do exaustivo “Star Wars” nos diálogos, e tudo o que permeia o mundo dos nerds.

Mas preciso frisar que o problema não é a temática jovem, ou a intenção deliberada da direção de Burr Steers em passear por um produto do cinema de massa, e sim, a falta de total originalidade, em que não há um resquício sequer de argumento coerente. Somente um mosaico repetido e simplório das situações mais artificiais.
Finalizando o comentário, o longa não me agradou. Pra mim, foi uma verdadeira perda de tempo parar para vê-lo. Por isso, não recomendo. Nem mesmo para quem se denomina fã do rapazinho com cara de boneco "Ken"...
Ah, para quem não conhece, é o namorado da Barbie.
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