Baseado em uma história verídica, "À procura da felicidade” ("The Pursuit of Happyness"), apresenta Chris Gardner, um simpático vendedor com sérios problemas financeiros, interpretado pelo elogiável Willl Smith.
O diretor Gabriele Muccino quis transmitir a angústia do momento vivido pelo personagem central, transpassando tudo de forma bem clara, intensa e realista. Por isso o decorrer da estória se torna mais incômodo do que emocionante, enquanto a inquietação causada no espectador por intermédio da situação desfavorável pela qual Chris passa, chega a indignar.
A impressão que fica é que o mesmo foi amaldiçoado por todo o azar do mundo, o que faz a torcida por Chris, por mais previsível que seja seu positivo desfecho, ser inevitável.
Alguns dos pontos altos do personagem principal se dão junto às cenas diretas com o filho Christopher, vivido pelo pequeno e estreante Jaden Smith.
Para quem não sabe, Jaden é filho de Will Smith na vida real. Obviamente por isso a química entre pai e filho na ficção ficou perfeita.
Inclusive, o menino em termos de atuação não decepciona e consegue até mostrar segurança junto ao personagem. Ele que também participa mais tarde do fiasco "O dia em que a terra parou", provando aí que seu potencial não está engessado à aba do pai.
Já Will se mostrou um promissor ator de comédia a partir do extinto seriado cômico em que estrelava "The Fresh Prince". Desde então, ele tem sido bem sucedido em gêneros variados do cinema como: ação, comédia romântica, aventura, suspense e agora, drama.
Portanto, sem sombra de dúvida, estamos diante de um dos mais versáteis atores de Hollywood.
Voltando-se ao filme em questão, contamos ainda com uma ponta de Thandie Newton interpretando a esposa de Chris, provando ela ter fôlego para encarar personagens bastante densos, habilidade descoberta em “Crash – no limite”, filme no qual ela brilha involuntariamente.
Nos poucos minutos em que aparece, Thandie consegue irritar consideravelmente, devido a sua personagem abandonar o mocinho da estória logo que a situação financeira começa a desmoronar.
Está certo que depois disso não nos lembramos mais dela, no entanto, ainda assim seu trabalho foi bem feito, pois se o objetivo era causar antipatia, ela conseguiu.
Bom, quanto ao roteiro, este é bastante simples e não oferece muito a ser explorado, além das tentativas frustradas de Chris em conquistar seu objetivo profissional em busca de estabilidade para criar o filho.
Na verdade, as situações com as quais ele se depara são dignas de um dramalhão mexicano, transitando-se por todo tipo inimaginável de problema.
E como resultado ele e o filho terminam desabrigados, possuindo apenas a roupa do corpo. Sendo assim, as inevitáveis cenas carregadas de drama e lágrimas vêm aos montes. Entre essas eu destaco especificamente uma em que ele, por meio de um choro sufocado dentro de um banheiro público com o filho nos braços, tenta exprimir seu desespero pelo fracasso... Impossível não sentir nada diante de tal situação. Ainda mais por tantas dificuldades não serem notadas pelos colegas e pessoas com as quais ele convive. Seres esses tão condicionados, que se tornaram pessoas automatizadas.
Mas é certo que “À procura da felicidade” ao retratar uma história real comprova que nem assim os exageros e os típicos clichês para conseguir comoção são medidos ou economizados.
Contudo, ao ver a performance de Will Smith tão preparada, madura e compenetrada, conduzindo uma história tão motivadora, contando ainda com a presença de seu filho numa atuação tão sincera, a experiência não poderia ser mais gratificante.
E o mais importante é que a mensagem do filme, sem dúvida, é passada com total beleza e precisão: lutar incondicionalmente por seus objetivos.
Nesse caso, a intenção, por sua vez, supera os furos, ratificando aqui que é possível um filme ser encantador, independente da originalidade.
Em sequencia, o desfecho mostra Chris alcançando seu ideal através de um estágio a principio não remunerado, após sua luta diária em torno da única vaga disponível.
O nó na garganta formado pela emoção e o alívio foi inevitável em mim nesse momento, mesmo já esperando por tal final.
Sem mais, na carreira de Smith, “À procura da felicidade” deve ter sido um marco, afinal, o sucesso de público foi notório (o longa arrecadou no primeiro final de semana de exibição US$27 milhões) e sua atuação foi indicada ao Oscar.
Por tantos méritos, só me resta recomendar este longa que não é nada mais nada menos que uma lição de vida, acompanhada de uma comovente representação.
Contudo, ao ver a performance de Will Smith tão preparada, madura e compenetrada, conduzindo uma história tão motivadora, contando ainda com a presença de seu filho numa atuação tão sincera, a experiência não poderia ser mais gratificante.
E o mais importante é que a mensagem do filme, sem dúvida, é passada com total beleza e precisão: lutar incondicionalmente por seus objetivos.
Nesse caso, a intenção, por sua vez, supera os furos, ratificando aqui que é possível um filme ser encantador, independente da originalidade.
Em sequencia, o desfecho mostra Chris alcançando seu ideal através de um estágio a principio não remunerado, após sua luta diária em torno da única vaga disponível.
O nó na garganta formado pela emoção e o alívio foi inevitável em mim nesse momento, mesmo já esperando por tal final.
Sem mais, na carreira de Smith, “À procura da felicidade” deve ter sido um marco, afinal, o sucesso de público foi notório (o longa arrecadou no primeiro final de semana de exibição US$27 milhões) e sua atuação foi indicada ao Oscar.
Por tantos méritos, só me resta recomendar este longa que não é nada mais nada menos que uma lição de vida, acompanhada de uma comovente representação.
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