30 junho 2009

Filme "ELA É O CARA"

Existem três aspirantes à atrizes teens na atualidade que eu gostaria de destacar por possuírem um público cativo: Hillary Duff (que também insiste como cantora), Amanda Bynes, e a agora não mais escalada para filmes juvenis - por sua vida conturbada e recheada de escândalos - , Lindsay Lohan.
O que as três têm em comum, além de uma legião de fãs adolescentes? Seus filmes fracos e ingênuos.

Voltando a atenção à Amanda Bynes, por ser a protagonista deste folhetim cômico que tem como título "Ela é o cara" (She's the Man), vale destacar que de todas essas musas teens citadas e que se aventuram no mundo do cinema, Amanda Bynes é a única de quem se pode extrair alguma coisa quanto à atuação.
Calma lá! Não estou dizendo que ela é uma boa atriz, nem sequer a qualifiquei como tal. Ela é simplesmente uma estrela adolescente. Porém, diferente de suas "rivais", ela é esforçada e naturalmente carismática.
















A primeira vez que vi Amanda foi num seriado que passava no SBT em 2002, "What I Like About You". Suas caretas constantes e ar de moleca já eram notáveis nessa comédia pastelão.
Quanto a sua filmografia, esta é curta, entretanto, seus filmes têm tornado-se mais constantes. Ela parece hoje tomar o espaço que Lohan deixou, já ameaçando o de Hillary Duff.
Até participar de um filme de maior expressão hollywodiana ao lado de grandes nomes no famigerado musical "Hairspray", ela conseguiu.

No entanto, "Ela é o cara" foi o filme de maior sucesso em sua carreira. Mas a má notícia é que nem assim ele escapou de ser uma película de roteiro risível, com atuações caricatas.
Como dito, o roteiro é degastado, sem criatividade, infestado de clichês baratos e a trama um tanto surreal - ideia reforçada graças à caracterização horrível de Amanda como rapaz, com certeza proposital para estimular os risos.
Os diálogos também são rasos tanto quanto a performance amadora do elenco.
E para incrementar, como par romântico de Amanda, temos Channing Tatum ("Ela dança, eu danço") comprovando que como ator, ele é um bom dançarino - o termo é batido, mas se tratando de quem é, está de bom tamanho.

Sendo assim, estamos nitidamente diante de mais uma típica comédia americana que apela algumas vezes para tombos, tropeções e feições faciais forçadas para implorar algumas risadas. Tudo isso em situações exageradas e irreais, acompanhadas de personagens esteriotipados, complementada por um adocicado casal previsível e sem química.
Agora, para que fiquem pasmos, mesmo com tantos pontos negativos, a diversão proporcionada pelo filme não é de todo afetada.
Afirmo que mesmo não sendo nada criativo, nem original, o filme não merece ser de todo descartado, tudo porque em alguns momentos ele diverte bastante com sua leveza e simploriedade. E isso tudo se deve exclusivamente à performance de Amanda, afinal, foi aqui a sua representação mais burlesca, com direito as suas excessivas e peculiares momices.
E não estou citando isso como algo negativo... Viola, sua personagem, tem um "Q" de charme, e de quebra, entrete, justamente por seu comportamento incomum.

Concluindo, sem sombras de dúvida, "Ela é o cara" é de longe a campeã no gênero comédia besteirol sem noção, mas como eu disse anteriormente, ainda assim garante uma boa diversão no melhor estilo "pipoca", podendo ser até elogiado pela falta de apelações sexuais em sua trama - o que não é comum em comédias de temática jovem.

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