Sabe aquela sensação de já ter visto aqueles personagens e não só uma vez? E o que é pior, interpretados sempre pelas mesmas pessoas e da forma mais chula possível...
Bom, isso aconteceu quando eu assisti "Amigos, amigos, mulheres à parte". Pra variar, uma comédia ofensiva ao intelecto, que conta com a participação, sem cabimento, de Kate Hudson!
Na estória temos Dane Cook (argh!!), mais uma vez interpretando um cara sem noção, cheio de piadinhas sacanas e de péssimo gosto, com uma sorte (inconcebível!) pra mulher.
Também contando o filme com a presença de Jason Biggs, merecidamente rebaixado a coadjuvantes em seus últimos filmes, este interpreta de novo e quase consecutivamente um bobalhão de essência virginal, carregado de problemas sexuais primários.
Já a sobredita Kate Hudson, hoje menos seletiva em suas produções, apresenta uma personagem quase idêntica a que interpretou em "Um Amor de Tesouro", só que com menos carisma e mais libido.
E ainda temos uma ponta de Alec Baldwin que parece fazer uma interligação com seu personagem da série "30rock" de Tina Fey.
Como dito, a mesmice paira sobre a composição dos personagens. O que, obviamente, não foi nenhum desafio para os atores. Isso também explica o fato de Kate Hudson estar tão péssima em sua representação. Nada mais justo foi essa atuação ter rendido a ela uma indicação ao Framboesa de Ouro (uma espécie de Oscar às avessas) como Pior Atriz.
Os argumentos utilizados aqui são expressados em meio a uma linguagem de baixão calão, recheada de expressões toscas, dando assim corpo aos diálogos mais chatos e repulsivos que já vi.
Em consequencia disso, as situações vividas por Jason Biggs em torno de Kate Hudson são tão improváveis que chegam constranger. Enquanto Dane Cook, mais odiável que de costume, fica com um personagem otário em todos os sentidos.
Para engrenar então o comentário, vamos à sinopse: Tank (Dane Cook) tem como "trabalho" fingir ser um idiota junto à garotas específicas, por contratação de seus ex-namorados, em busca de fazê-las terem uma noite mal sucedida, para que assim estas sintam saudade de seus antigos amores e voltem para os mesmos.
Devido a isso, Tank é procurado por seu amigo-quase-primo, intepretado por Bigg, para dar um encontro horrível a personagem de Kate Hudson, moiçola de seu trabalho que não corresponde a sua paixão.
O resultado é Dane se envolvendo com o amor de seu amigo, sem mostrar a menor consideração - daí o título do filme, apropriadíssimo!!
O pior defeito de Howard Deutch na direção foi deixar o elenco improvisar, principalmente Dane Cook. O diretor de “Meu Vizinho Mafioso” imprime um bom ritmo com a ajuda da edição de Seth Flaum, mas já a parte do roteiro e seu contexto pelo desconhecido Jordan Cahan acaba não agradando quem realmente busca algo mais consistente num filme, mesmo sendo cômico.
As cenas mais vexatórias são as que o diretor faz Alec Baldwin e Dane Cook interagirem como "pai e filho", dando a impressão de que tudo não passa de uma grande brincadeira descompromissada de elenco em estúdio.
Como não poderia ser diferente, "Amigos, amigos, mulheres à parte" foi considerada por mim uma das comédias mais misógina de todos os tempos, resvalando por toda uma esfera extremamente machista. Afinal, o filme busca difundir justificativas às investidas cafajestes de alguns homens, como se as mulheres fossem as vilãs por gostarem de caras assim, incentivando com isso tal comportamento.
Fica ainda mais insuportável quando se percebe toda a manipulação barata, regada de clichês esquemáticos utilizadas pela direção, para confirmar a tese do roteiro.
Em consequencia disso, as situações vividas por Jason Biggs em torno de Kate Hudson são tão improváveis que chegam constranger. Enquanto Dane Cook, mais odiável que de costume, fica com um personagem otário em todos os sentidos.
Para engrenar então o comentário, vamos à sinopse: Tank (Dane Cook) tem como "trabalho" fingir ser um idiota junto à garotas específicas, por contratação de seus ex-namorados, em busca de fazê-las terem uma noite mal sucedida, para que assim estas sintam saudade de seus antigos amores e voltem para os mesmos.
Devido a isso, Tank é procurado por seu amigo-quase-primo, intepretado por Bigg, para dar um encontro horrível a personagem de Kate Hudson, moiçola de seu trabalho que não corresponde a sua paixão.
O resultado é Dane se envolvendo com o amor de seu amigo, sem mostrar a menor consideração - daí o título do filme, apropriadíssimo!!
O pior defeito de Howard Deutch na direção foi deixar o elenco improvisar, principalmente Dane Cook. O diretor de “Meu Vizinho Mafioso” imprime um bom ritmo com a ajuda da edição de Seth Flaum, mas já a parte do roteiro e seu contexto pelo desconhecido Jordan Cahan acaba não agradando quem realmente busca algo mais consistente num filme, mesmo sendo cômico.
As cenas mais vexatórias são as que o diretor faz Alec Baldwin e Dane Cook interagirem como "pai e filho", dando a impressão de que tudo não passa de uma grande brincadeira descompromissada de elenco em estúdio.
Como não poderia ser diferente, "Amigos, amigos, mulheres à parte" foi considerada por mim uma das comédias mais misógina de todos os tempos, resvalando por toda uma esfera extremamente machista. Afinal, o filme busca difundir justificativas às investidas cafajestes de alguns homens, como se as mulheres fossem as vilãs por gostarem de caras assim, incentivando com isso tal comportamento.
Fica ainda mais insuportável quando se percebe toda a manipulação barata, regada de clichês esquemáticos utilizadas pela direção, para confirmar a tese do roteiro.
Todas as cenas que tentam promover o riso no filme são escrachadas e exageradas, apelando para gestos obscenos, amassos tórridos, assunto sobre masturbação, palavrões ao léu, sexo fácil e descompromissado, mulheres interesseiras e vulgares, homens velhos com libido de adolescente...
Sem contar com o merchadising explícito da indústria do cigarro através dessa projeção, com direito a close nos maços para que fique evidente a marca do tabaco.
Pra concluir, é uma comédia descartável que prefiro esquecer as horas perdidas ao assistí-la.
Pode ser que haja esse ou aquele que venha curtir esse longa frustrado, no entanto, isso não será suficiente pra torná-lo divertido.
E pra não dizer que o filme foi de todo perdido, destaco uma única cena em que ri ao ver Dane Cook chorando ao assistir "Ghost - Do outro lado da vida", exclamando pra si: "eu sou uma bicha."
Foi unicamente o que valeu, de resto... mais nada.
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