27 agosto 2009

Filme "MORTE SÚBITA"

O suspense "Morte Súbita" ("Rogue") chegou atrasado no Brasil, com uma divulgação quase anônima, apresentando um enredo corriqueiro: pessoas fugindo de um animal de tamanho exorbitante.
Aqui o vilão do filme é um crocodilo. Pelo menos não é um animal utópico, mas também não é nada atrativo.
Em um elenco composto de nomes inexpressivos, salvam-se os rostos mais conhecidos: Radha Mitchel ("Terror em Silent Hill") e Michael Vartan ("A sogra"), respectivamente os protagonistas. Os únicos que realmente atuaram no longa. O restante, coadjuvantes, foi risível. Expressões faciais do tipo "ops... ele foi devorado" era o que se via.

O início do filme é bem simples. Mostra Pete McKell (Vartan), um escritor enviado às águas do Kakadu National Park para escrever uma matéria sobre o local. Ele então se junta a um grupo de turistas em férias que saem numa espécie de balsa para contemplar o habitat dos crocodilos, sob os cuidados de Kate Ryan (Radha), a guia turística do local.
A estória não apresenta nada demais, apenas uma exposição rápida dos personagens até que a criatura ataque. O desenvolvimento é simplesmente isso.

Já a direção de Greg McLean merece elogios quanto a captação de imagens. A fotografia do filme foi o que teve de melhor. Assim como ele explorou no suspense "Wolf Crek (...)" as imagens do deserto para transmitir a sensação de isolamento das vítimas, aqui ele abusou de imagens aéreas para que o espectador sentísse a grandeza do ambiente paradisíaco em que estavam.
O roteiro também ficou por conta de McLean, por isso percebe-se a parca criatividade no desenrolar da estória que dá enfoque unicamente às cenas de risco. Exatamente o que ele fez no supracitado "Wolf Creek - Viagem ao inferno" que, mesmo assim, é superior a este longa aqui.

As investidas de fulga são totalmente clichês, buscando sempre a alternativa mais arriscada e descabida que obviamente irá culminar em morte.
O problema maior é que a falta de carisma do elenco é tanta que é impossível se importar com o desfecho deles. Fiquei mais apreensivo pelo cachorro da personagem Kate Ryan (Radha Mitchell) do que por qualquer outro.
Agora eu não sei se foi impressão minha, mas achei o filme rápido. Quando dei por mim, já havia terminado.
Não sei se isso foi vantagem, só sei que tive essa sensação.

O animal, como já é de praxe nesse gênero, tinha um tamanho descomunal, como já citado anteriormente. Porém, entre tantos animais exagerados que nos deparamos ao longo dos tempos em Hollywood, esse tinha um comportamento verossímil. Nada de habilidades forçadas e surreais.
O meu incômodo maior em torno dele foi o gráfico. Totalmente sintética sua aparência.
Na verdade, alguns efeitos especiais ficaram com um aspecto inacabado, porém, a maquiagem dos ferimentos ficou convincente, com exceção à mão machucada do personagem Pete McKell no último ato do filme, descaradamente descuidada.

Sem mais, "Morte Súbita" não tem muito o que se avaliar; não passa de um suspense trivial, acompanhado de uma ação comedida.
Acho até que pode ser identificado como uma opção de diversão comum, sem correr o risco de perda de tempo, já que para mim o tempo de duração foi sucinto.


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